No primeiro semestre, ao todo, mais de 17 milhões
de brasileiros fizeram ao menos uma compra em lojas virtuais do país. O setor
apresentou um faturamento de R$ 18,6 bilhões, segundo o relatório da
WebShoppers. O destaque do período foi o maior volume de vendas de
eletrodomésticos e telefonia/celular - produtos que pela cultura do país eram
comprados em lojas físicas.
Segundo Adriano Caetano, especialista em e-commerce
e diretor da Loja Integrada, a mudança de comportamento é reflexo da nova
organização do orçamento. "Com a crise, a população acaba poupando mais
dinheiro e a internet é uma forma de economizar. É mais fácil pesquisar preços
e formas de pagamento, e possivelmente encontrar um preço mais barato que a
loja física", explica Adriano. Na Loja Integrada, por exemplo, o aumento
nas vendas entre as micro e pequenas empresas chegou a 40% em relação ao ano
passado, número na contramão da recessão da economia.
Para o especialista, o destaque nestes segmentos de
vendas está ligado à necessidade de compra. "Quando um eletrodoméstico
quebra, mesmo com a crise e o orçamento curto, o brasileiro entende a aquisição
como prioridade. Assim como o celular, que não é apenas um aparelho de
comunicação, mas também utilizado para lazer e trabalho", afirma.
De acordo com o levantamento da WebShoppers, a
satisfação e fidelização dos clientes da internet chegou a 65% - maior
resultado desde o início da pesquisa. Entretanto, o consumidor precisa se
atentar a grandes descontos e a qualidade dos produtos. "Quando o cliente
encontra um preço muito abaixo do mercado é preciso ficar atento. Ver a
reputação da loja virtual nas redes sociais e em sites como o Reclame Aqui é
uma forma de não cair em uma cilada. Além disso, sempre exija a nota
fiscal", explica Caetano.
Fonte: Portal Administadores, disponível em http://boo-box.link/22A2G
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