O mais recente aprendizado que tiramos de nossa experiência nos parecia uma grande obviedade.
Todos os objetivos do Branding podem ser sintetizados numa só palavra: confiança.
Óbvio: o que uma empresa precisa internamente para ser competitiva e externamente para continuar atraindo investidores, talentos, fornecedores e consumidores é de confiança.
Confesso que no primeiro momento ficamos desconcertados com descoberta tão óbvia. Centenas de livros muito bons e outros bem babacas já foram escritos sobre a importância da confiança na sociedade e nos negócios.
Mas há algo muito diferente no ar, que está nos levando a ver a confiança com um novo olhar e a associá- la ao contemporâneo Branding.
O sociólogo alemão Niklas Luhman nos deu a pista: “A confiança é uma maneira de lidarmos com a complexidade de uma sociedade crescentemente complexa”. Aí está o nexo.
O berço do Branding é essa sociedade crescentemente complexa e veloz que o filósofo Sigmund Baumman chama de “líquida” e que na sua versão mercado de capitais é chamada de “volátil”.
Para as pessoas e as empresas que vivem nessa sociedade, confiança é outra coisa e tem outros fundamentos.
Confiança não se obtém mais apenas com tratos e contratos bem-feitos, nem com poderes instituídos e eficientes para regular, fiscalizar e punir; nem pode mais se apoiar nas circunstâncias estáveis, controláveis e previsíveis, que não existem mais.
A confiança na sociedade atual não pode mais se sustentar apenas nas regras e nas estruturas, como num jogo de xadrez, simplesmente porque a sociedade atual é um videogame, como explica Steven Johnson no seu Surpreendente: o videogame não tem um cenário totalmente conhecido, suas regras, personagens e armas são ambíguas e se definem na medida em que você joga.
No videogame não existem relações de causa e efeito lineares, mas padrões de comportamento que o jogador tem de deduzir para fazer suas estratégias. Isto é, existe uma complexidade crescente em que o jogador tem de contar cada vez mais com as suas habilidades pessoais, como competências motoras, intimidade com a história e muita intuição.
Em poucas palavras, no videogame, assim como na sociedade atual, a confiança do jogador deve contar mais consigo mesmo do que com as circunstâncias.
Por isso não é por acaso que surge uma nova disciplina, como o Branding, que traz a identidade da marca como a variante para lidar com um mercado crescentemente complexo, veloz e competitivo.
Aqui na Thymus a gente diz que, num mundo cada vez mais complexo e veloz, organizações, assim como as pessoas, só evoluem com práticas inspiradas na sua essência.
A marca inspirada na sua essência, e não na circunstância de mercado, tem autonomia de pensamento, e por isso pode provocar mudanças imprevistas nos relatórios de tendências. Apoiada no seu eixo/essência, pode se movimentar, interferir e se adaptar com flexibilidade e agilidade num ambiente mutante.
Suas alianças podem ser perenes ou circunstanciais, mas são sempre em sintonia com sua essência, o que permite entrar e sair delas com agilidade, sem desvios de sua trajetória no mercado.
A marca atua com confiança e é um player de confiança.
Estamos traduzindo o conteúdo dessa confiança em indicadores numéricos para facilitar sua gestão em meio aos públicos da marca.
Achei legal trazer um tema tão básico para esta coluna porque ela é a última que assinamos no Meio & Mensagem.
Quando a Regina Augusto me ligou para fazer o convite, eu fiquei pensando onde ia arranjar tempo para cumprir o compromisso. Sou um profissional envolvido 100% no fazer, na entrega. Não temos tempo para teorizar, apesar da consciência da absoluta necessidade de conceituar disciplina tão nova e por isso tão cheia de novidades e de interpretações diferentes, algumas certas, outras equivocadas e outras oportunistas.
Aceitar o compromisso iria nos obrigar, profissionais, clientes e amigos da Thymus, a parar e pensar o que e por que estamos fazendo.
Foi tudo muito bom, com destaque especial para a interação com os leitores. Sou muito grato pela oportunidade.
Fonte: Por Ricardo Guimarães, in www.meioemensagem.com.br
Todos os objetivos do Branding podem ser sintetizados numa só palavra: confiança.
Óbvio: o que uma empresa precisa internamente para ser competitiva e externamente para continuar atraindo investidores, talentos, fornecedores e consumidores é de confiança.
Confesso que no primeiro momento ficamos desconcertados com descoberta tão óbvia. Centenas de livros muito bons e outros bem babacas já foram escritos sobre a importância da confiança na sociedade e nos negócios.
Mas há algo muito diferente no ar, que está nos levando a ver a confiança com um novo olhar e a associá- la ao contemporâneo Branding.
O sociólogo alemão Niklas Luhman nos deu a pista: “A confiança é uma maneira de lidarmos com a complexidade de uma sociedade crescentemente complexa”. Aí está o nexo.
O berço do Branding é essa sociedade crescentemente complexa e veloz que o filósofo Sigmund Baumman chama de “líquida” e que na sua versão mercado de capitais é chamada de “volátil”.
Para as pessoas e as empresas que vivem nessa sociedade, confiança é outra coisa e tem outros fundamentos.
Confiança não se obtém mais apenas com tratos e contratos bem-feitos, nem com poderes instituídos e eficientes para regular, fiscalizar e punir; nem pode mais se apoiar nas circunstâncias estáveis, controláveis e previsíveis, que não existem mais.
A confiança na sociedade atual não pode mais se sustentar apenas nas regras e nas estruturas, como num jogo de xadrez, simplesmente porque a sociedade atual é um videogame, como explica Steven Johnson no seu Surpreendente: o videogame não tem um cenário totalmente conhecido, suas regras, personagens e armas são ambíguas e se definem na medida em que você joga.
No videogame não existem relações de causa e efeito lineares, mas padrões de comportamento que o jogador tem de deduzir para fazer suas estratégias. Isto é, existe uma complexidade crescente em que o jogador tem de contar cada vez mais com as suas habilidades pessoais, como competências motoras, intimidade com a história e muita intuição.
Em poucas palavras, no videogame, assim como na sociedade atual, a confiança do jogador deve contar mais consigo mesmo do que com as circunstâncias.
Por isso não é por acaso que surge uma nova disciplina, como o Branding, que traz a identidade da marca como a variante para lidar com um mercado crescentemente complexo, veloz e competitivo.
Aqui na Thymus a gente diz que, num mundo cada vez mais complexo e veloz, organizações, assim como as pessoas, só evoluem com práticas inspiradas na sua essência.
A marca inspirada na sua essência, e não na circunstância de mercado, tem autonomia de pensamento, e por isso pode provocar mudanças imprevistas nos relatórios de tendências. Apoiada no seu eixo/essência, pode se movimentar, interferir e se adaptar com flexibilidade e agilidade num ambiente mutante.
Suas alianças podem ser perenes ou circunstanciais, mas são sempre em sintonia com sua essência, o que permite entrar e sair delas com agilidade, sem desvios de sua trajetória no mercado.
A marca atua com confiança e é um player de confiança.
Estamos traduzindo o conteúdo dessa confiança em indicadores numéricos para facilitar sua gestão em meio aos públicos da marca.
Achei legal trazer um tema tão básico para esta coluna porque ela é a última que assinamos no Meio & Mensagem.
Quando a Regina Augusto me ligou para fazer o convite, eu fiquei pensando onde ia arranjar tempo para cumprir o compromisso. Sou um profissional envolvido 100% no fazer, na entrega. Não temos tempo para teorizar, apesar da consciência da absoluta necessidade de conceituar disciplina tão nova e por isso tão cheia de novidades e de interpretações diferentes, algumas certas, outras equivocadas e outras oportunistas.
Aceitar o compromisso iria nos obrigar, profissionais, clientes e amigos da Thymus, a parar e pensar o que e por que estamos fazendo.
Foi tudo muito bom, com destaque especial para a interação com os leitores. Sou muito grato pela oportunidade.
Fonte: Por Ricardo Guimarães, in www.meioemensagem.com.br
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