A Petrobras é a segunda companhia mais sustentável do mundo, entre empresas do setor de petróleo e gás. É o que aponta um levantamento feito pela consultoria espanhola Management & Excellence (M&E).
O estudo utilizou 386 indicadores para medir o desempenho das empresas nos quesitos ética, responsabilidade sócio-ambiental, transparência, governança corporativa e sustentabilidade. Foram utilizados como critérios o enquadramento a padrões internacionais, como os da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Global Compact da ONU, as Metas do Milênio, a presença no Dow Jones Sustainability Index (DJSI), e a apresentação de relatórios sócio-ambientais segundo as orientações do Global Reporting Initiative (GRI).
Transformados os indicadores em pontos, formou-se uma escala de zero a 100. Pela quarta vez consecutiva, a britânica Shell foi a mais bem colocada, com nota 90,16. Mas o que mais saltou aos olhos na pesquisa, segundo William Cox, diretor da M&E, foi a Petrobras, que teve o progresso mais rápido entre as maiores companhias mundiais do setor nos últimos três anos, consolidando-se em segundo lugar, com 89,64 pontos. "É uma evolução impressionante", diz, lembrando que até poucos anos atrás a Petrobras era conhecida como empresa suja.
Uma das explicações para esse desempenho, explica Cox, foi a entrada da companhia, em 2006, no DJSI da Bolsa de Nova York, que reúne empresas comprometidas com boas práticas sócio-ambientais. Também pesaram na avaliação os resultados obtidos com a ampliação dos investimentos em meio ambiente. Entre eles, estão a consistente redução do consumo de energia e de emissão de gases poluentes. Além disso, o número de casos de vazamento de óleo caiu de 2,6 mil para 269 entre 2001 e 2005. A nota só não foi melhor nesse particular devido à ausência de políticas para maior participação de minorias no quadro de funcionários.
Em sustentabilidade, item em que apareceu em primeira no ranking, a Petrobras se destacou com o alto índice de reposição de reservas e a posse de tecnologia de ponta na extração em águas profundas. Em transparência, o ponto alto foi o sistema online de compras, em que os fornecedores são obrigados a preencher uma série de requisitos para poder participar da concorrência. "É um dos mais transparentes e sofisticados do mundo", diz o estudo.
A despeito do progresso acelerado, a Petrobras também foi alvo de críticas. Em ética, por exemplo, a companhia foi censurada pela ausência de um monitoramento externo do código de conduta de seus funcionários. Em governança corporativa, categoria em que teve a pior performance, o levantamento apontou a ausência de um comitê de ética no Conselho de Administração. Confrontada com suas concorrentes no exterior, a Petrobras também perdeu pontos por ter parte do capital distribuído em ações preferenciais, o que tira de seus detentores o tag along e o direito a voto.
Fonte: Por Aluísio Alves, in Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 8
O estudo utilizou 386 indicadores para medir o desempenho das empresas nos quesitos ética, responsabilidade sócio-ambiental, transparência, governança corporativa e sustentabilidade. Foram utilizados como critérios o enquadramento a padrões internacionais, como os da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Global Compact da ONU, as Metas do Milênio, a presença no Dow Jones Sustainability Index (DJSI), e a apresentação de relatórios sócio-ambientais segundo as orientações do Global Reporting Initiative (GRI).
Transformados os indicadores em pontos, formou-se uma escala de zero a 100. Pela quarta vez consecutiva, a britânica Shell foi a mais bem colocada, com nota 90,16. Mas o que mais saltou aos olhos na pesquisa, segundo William Cox, diretor da M&E, foi a Petrobras, que teve o progresso mais rápido entre as maiores companhias mundiais do setor nos últimos três anos, consolidando-se em segundo lugar, com 89,64 pontos. "É uma evolução impressionante", diz, lembrando que até poucos anos atrás a Petrobras era conhecida como empresa suja.
Uma das explicações para esse desempenho, explica Cox, foi a entrada da companhia, em 2006, no DJSI da Bolsa de Nova York, que reúne empresas comprometidas com boas práticas sócio-ambientais. Também pesaram na avaliação os resultados obtidos com a ampliação dos investimentos em meio ambiente. Entre eles, estão a consistente redução do consumo de energia e de emissão de gases poluentes. Além disso, o número de casos de vazamento de óleo caiu de 2,6 mil para 269 entre 2001 e 2005. A nota só não foi melhor nesse particular devido à ausência de políticas para maior participação de minorias no quadro de funcionários.
Em sustentabilidade, item em que apareceu em primeira no ranking, a Petrobras se destacou com o alto índice de reposição de reservas e a posse de tecnologia de ponta na extração em águas profundas. Em transparência, o ponto alto foi o sistema online de compras, em que os fornecedores são obrigados a preencher uma série de requisitos para poder participar da concorrência. "É um dos mais transparentes e sofisticados do mundo", diz o estudo.
A despeito do progresso acelerado, a Petrobras também foi alvo de críticas. Em ética, por exemplo, a companhia foi censurada pela ausência de um monitoramento externo do código de conduta de seus funcionários. Em governança corporativa, categoria em que teve a pior performance, o levantamento apontou a ausência de um comitê de ética no Conselho de Administração. Confrontada com suas concorrentes no exterior, a Petrobras também perdeu pontos por ter parte do capital distribuído em ações preferenciais, o que tira de seus detentores o tag along e o direito a voto.
Fonte: Por Aluísio Alves, in Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 8
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