Meu amigo Luiz Edmundo Prestes Rosa, do grupo Accor, costuma dizer que as empresas são feitas por pessoas, para servir pessoas. Cabe a pergunta: uma filosofia de gestão baseada nos chamados valores humanistas poderia aumentar a eficiência das empresas prestadoras de serviços? Esta é uma questão que me preocupa há muito tempo e pessoalmente estou convencido disso. Por valores humanistas entenda-se uma gestão que faz do ser humano o objeto e a medida. O potencial de desenvolvimento que existe em cada pessoa é inesgotável e pode ser canalizado para os objetivos da empresa, em um ambiente com valores éticos elevados, transparência e oportunidades de realização pessoal e profissional.
Foi exatamente essa a impressão que ficou depois das conversas que tive com duas brilhantes empreendedoras que adotam estilos humanistas de gestão. A primeira é Chieko Aoki, fundadora e presidente da rede de hotéis Blue Tree, em rápida expansão no Brasil e em outros países. A vida de Chieko Aoki se parece com um conto de fadas e sua varinha de condão é o conteúdo humanista de sua gestão. Em um setor onde a qualidade dos serviços é fundamental, como é o ramo hoteleiro, eis como ela define o seu conceito de servir: “Servir não diminui; pelo contrário, só enriquece. Acho que o ser humano está neste mundo para ajudar o próximo e não apenas para viver para si mesmo. Somos felizes quando as pessoas que nos cercam também são felizes”. A própria Chieko complementa: “Daí à inovação é apenas um passo. Estamos sempre criando novos serviços que tornam mais agradável a estada de nossos hóspedes”.
A outra conversa foi com Luiza Helena Trajano, diretora-superintendente do Magazine Luiza. Eu já sabia que o que mais distingue essa rede de lojas é o tratamento amigável dispensado aos clientes e a impressão que dão os vendedores, de procurar sempre a melhor solução para o consumidor. Quando comentei isso com a Luiza Helena, eis o que ela respondeu: “Quando assumi a direção do Magazine Luiza, procurei alguns bons exemplos em outras empresas. Notei que existiam aquelas que eram muito lucrativas e onde todos pareciam infelizes, e as pouco lucrativas, onde todos pareciam sentir-se bem. Perguntei-me, então: não seria possível juntar o melhor dos dois mundos?”.
Parece que ela conseguiu, como atestam o sucesso de sua loja e o clima que existe lá. Mas não poderíamos encerrar este artigo sem lembrar que uma gestão rica de valores humanistas também dá bons resultados na indústria ou em qualquer outro setor. Aplicada à indústria de produtos para o consumidor, como na Natura ou na Toyota, a gestão humanista contribui para transformar a prestação de serviços em objetivo central da empresa, fazendo do produto um mero componente. A Natura, por exemplo, diz que seu negócio é “ética e estética” e a Toyota transformou-se na maior montadora do mundo, fiel ao lema “um cliente é para sempre”.
Fonte: Por Francisco Gracioso, in epocanegocios.globo.com
Foi exatamente essa a impressão que ficou depois das conversas que tive com duas brilhantes empreendedoras que adotam estilos humanistas de gestão. A primeira é Chieko Aoki, fundadora e presidente da rede de hotéis Blue Tree, em rápida expansão no Brasil e em outros países. A vida de Chieko Aoki se parece com um conto de fadas e sua varinha de condão é o conteúdo humanista de sua gestão. Em um setor onde a qualidade dos serviços é fundamental, como é o ramo hoteleiro, eis como ela define o seu conceito de servir: “Servir não diminui; pelo contrário, só enriquece. Acho que o ser humano está neste mundo para ajudar o próximo e não apenas para viver para si mesmo. Somos felizes quando as pessoas que nos cercam também são felizes”. A própria Chieko complementa: “Daí à inovação é apenas um passo. Estamos sempre criando novos serviços que tornam mais agradável a estada de nossos hóspedes”.
A outra conversa foi com Luiza Helena Trajano, diretora-superintendente do Magazine Luiza. Eu já sabia que o que mais distingue essa rede de lojas é o tratamento amigável dispensado aos clientes e a impressão que dão os vendedores, de procurar sempre a melhor solução para o consumidor. Quando comentei isso com a Luiza Helena, eis o que ela respondeu: “Quando assumi a direção do Magazine Luiza, procurei alguns bons exemplos em outras empresas. Notei que existiam aquelas que eram muito lucrativas e onde todos pareciam infelizes, e as pouco lucrativas, onde todos pareciam sentir-se bem. Perguntei-me, então: não seria possível juntar o melhor dos dois mundos?”.
Parece que ela conseguiu, como atestam o sucesso de sua loja e o clima que existe lá. Mas não poderíamos encerrar este artigo sem lembrar que uma gestão rica de valores humanistas também dá bons resultados na indústria ou em qualquer outro setor. Aplicada à indústria de produtos para o consumidor, como na Natura ou na Toyota, a gestão humanista contribui para transformar a prestação de serviços em objetivo central da empresa, fazendo do produto um mero componente. A Natura, por exemplo, diz que seu negócio é “ética e estética” e a Toyota transformou-se na maior montadora do mundo, fiel ao lema “um cliente é para sempre”.
Fonte: Por Francisco Gracioso, in epocanegocios.globo.com
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