Quando publicamos nossa primeira pesquisa sobre empreendedorismo social, as pessoas que trabalhavam com empreendedorismo em empresas e outras organizações disseram: “Ótimo, mas e quanto aos empreendedores dentro das empresas e do governo?”. Em vista do seu potencial como mediadores entre os negócios e o vasto mundo do empreendedorismo social – além de sua experiência como agentes indutores de mudanças sociais e ambientais de dentro para fora –, dedicamos nossa segunda pesquisa aos intra-empreendedores sociais, principalmente aos que trabalham em grandes companhias.
Os céticos talvez digam que, na condição de funcionários assalariados de uma empresa, essas pessoas não deveriam ser consideradas empreendedoras de fato. É verdade que a maior parte delas não teve de refinanciar a hipoteca de suas casas nem estourou o cartão de crédito para financiar suas empresas. Contudo, elas correm riscos próprios da sua condição. Na verdade, a maior parte dos intra-empreendedores que entrevistamos parece ter abandonado os conceitos tradicionais de crescimento na empresa em busca do que seus colegas provavelmente vêem como uma ambição ou idéia desvairada – respaldada pela convicção de que o negócio pode, e deve, mudar. Tome-se, por exemplo,ocasodeSantiagoGowland, da Unilever. Deixou um emprego lucrativo num banco de investimentos para administrar dois projetos sociais na Argentina. Mais tarde, voltou ao mundo dos negócios porque, achava, as possibilidades de mudar a sociedade eram maiores em empreendimentos de grande envergadura.
Identificamos também outro grupo de agentes críticos nas empresas tradicionais: são os catalisadores, que se dividem em duas espécies. Há os guardiões, isto é, os CEOs, diretoresfinanceiros, membros do conselho de administração etc., a quem cabe dar permissão para a execução de novos tipos de iniciativas. Depois vêm os campeões, que podem ser chefes de empresas ou vice-presidentes de áreas importantes e que ajudam os intraempreendedoresaseequiparempara sua tarefa – apoiando, de maneira crítica, seus esforços no sentido de levar para o dia-a-dia das empresas tradicionais seus projetos em andamento.
Embora muitos desses campeões não sejam responsáveis pelos resultados de suas empresas e, geralmente, não cultivem incubadoras de novos produtos, serviços ou modelos de negócio, são agentes importantes de mudança. Eles trabalham nos sistemas existentes atraindo outros para o campo da ação. Um bom exemplo é o de Maria Luiza de Oliveira Pinto, diretora-executiva de desenvolvimento sustentável do Banco Real. Às vezes, há indivíduos que desempenham ambos os papéis–intra-empreendedor e catalisador –, como é o caso de Maria Luiza, que, além de incubadora de novos projetos, trabalha para que a mudança alcance a empresa toda. Esses profissionais estão ajudando a preparar suas empresas para o futuro.
Fonte: Por John Elkington, com Jodie Thorpe, gerente do programa da SustainAbility para Economias Emergentes, in epocanegocios.globo.com
Os céticos talvez digam que, na condição de funcionários assalariados de uma empresa, essas pessoas não deveriam ser consideradas empreendedoras de fato. É verdade que a maior parte delas não teve de refinanciar a hipoteca de suas casas nem estourou o cartão de crédito para financiar suas empresas. Contudo, elas correm riscos próprios da sua condição. Na verdade, a maior parte dos intra-empreendedores que entrevistamos parece ter abandonado os conceitos tradicionais de crescimento na empresa em busca do que seus colegas provavelmente vêem como uma ambição ou idéia desvairada – respaldada pela convicção de que o negócio pode, e deve, mudar. Tome-se, por exemplo,ocasodeSantiagoGowland, da Unilever. Deixou um emprego lucrativo num banco de investimentos para administrar dois projetos sociais na Argentina. Mais tarde, voltou ao mundo dos negócios porque, achava, as possibilidades de mudar a sociedade eram maiores em empreendimentos de grande envergadura.
Identificamos também outro grupo de agentes críticos nas empresas tradicionais: são os catalisadores, que se dividem em duas espécies. Há os guardiões, isto é, os CEOs, diretoresfinanceiros, membros do conselho de administração etc., a quem cabe dar permissão para a execução de novos tipos de iniciativas. Depois vêm os campeões, que podem ser chefes de empresas ou vice-presidentes de áreas importantes e que ajudam os intraempreendedoresaseequiparempara sua tarefa – apoiando, de maneira crítica, seus esforços no sentido de levar para o dia-a-dia das empresas tradicionais seus projetos em andamento.
Embora muitos desses campeões não sejam responsáveis pelos resultados de suas empresas e, geralmente, não cultivem incubadoras de novos produtos, serviços ou modelos de negócio, são agentes importantes de mudança. Eles trabalham nos sistemas existentes atraindo outros para o campo da ação. Um bom exemplo é o de Maria Luiza de Oliveira Pinto, diretora-executiva de desenvolvimento sustentável do Banco Real. Às vezes, há indivíduos que desempenham ambos os papéis–intra-empreendedor e catalisador –, como é o caso de Maria Luiza, que, além de incubadora de novos projetos, trabalha para que a mudança alcance a empresa toda. Esses profissionais estão ajudando a preparar suas empresas para o futuro.
Fonte: Por John Elkington, com Jodie Thorpe, gerente do programa da SustainAbility para Economias Emergentes, in epocanegocios.globo.com
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