Radiocorredor. ‘Rádio peão’. Boato. Quantos nomes terá o ‘disse-me-disse’ institucional? Seja qual for, saiba que nenhuma empresa escapa dessa força da natureza, que começa como uma simples poeirinha e acaba se transformando numa nuvem, para alguns, às vezes, assustadora.
Vejo pelo lado positivo a fofoca organizacional (esse é o meu nome preferido). Primeiro, porque obriga os líderes a saberem guardar, sob sete chaves, informações estratégicas que realmente não podem, durante algum tempo, ser conhecidas por todos. A questão aqui é simples: eles têm de estar preparados para o silêncio temporário. Se deixam algo escapar, é porque não era tão sigiloso assim ou porque precisam urgentemente fazer o treinamento milenar ‘em boca fechada não entra mosquito’.
Segundo, porque a fofoca institucional sinaliza o interesse verdadeiro dos fofoqueiros de plantão pela empresa, o que é muito bom. Falam porque se interessam pelo assunto e porque querem compartilhar o conhecimento. Acho saudável. Na grande maioria das vezes, reproduzem literalmente o que ouvem – o efeito ‘telefone sem fio’, que, cá para nós, não é culpa deles. A distorção ou o aumento nas informações colhidas fica por conta de quem não é profissional do ramo: aquele que recebe o conteúdo do fofoqueiro oficial e, sem talento ou competência, faz da fofoca fresquinha, verdadeira, um Frankstein, rejeitado pelo seu criador. Um fofoqueiro genuíno respeita muito suas fontes, sendo-lhes sempre fiel.
O que quero dizer é que devemos estar atentos aos fofoqueiros saudáveis. Eles prestam um serviço, e não um desserviço, às organizações. Se algo não é para ser conhecido, que não seja dito em hora nenhuma. Se a notícia chega aos ouvidos dos fofoqueiros saudáveis, o papel deles é passar adiante. Está no sangue. Nas companhias onde trabalho, sempre gosto de identificá-los e, secretamente, contar com seu apoio, por exemplo, numa nova campanha interna. É só chegar perto, como quem não quer nada, e soltar: “Você já soube da última?”. E aí revelar o que, naquele momento, é conveniente. Os fofoqueiros saudáveis são verdadeiros ‘teasers’ ambulantes.
“Quem não deve, não teme”, já dizia minha santa avó. Para ela, segredo só se conta para Deus. Se as empresas têm segredos – muitas vezes necessários –, está mais do que na hora de seus gestores saberem ser deuses e deixar os fofoqueiros saudáveis fazerem seu trabalho em paz, quando lhes for solicitado.
Fonte: Por Jacinto Corrêa - chefe do Centro de Comunicação Corporativa do Senac Nacional, in www.nosdacomunicacao.com
Vejo pelo lado positivo a fofoca organizacional (esse é o meu nome preferido). Primeiro, porque obriga os líderes a saberem guardar, sob sete chaves, informações estratégicas que realmente não podem, durante algum tempo, ser conhecidas por todos. A questão aqui é simples: eles têm de estar preparados para o silêncio temporário. Se deixam algo escapar, é porque não era tão sigiloso assim ou porque precisam urgentemente fazer o treinamento milenar ‘em boca fechada não entra mosquito’.
Segundo, porque a fofoca institucional sinaliza o interesse verdadeiro dos fofoqueiros de plantão pela empresa, o que é muito bom. Falam porque se interessam pelo assunto e porque querem compartilhar o conhecimento. Acho saudável. Na grande maioria das vezes, reproduzem literalmente o que ouvem – o efeito ‘telefone sem fio’, que, cá para nós, não é culpa deles. A distorção ou o aumento nas informações colhidas fica por conta de quem não é profissional do ramo: aquele que recebe o conteúdo do fofoqueiro oficial e, sem talento ou competência, faz da fofoca fresquinha, verdadeira, um Frankstein, rejeitado pelo seu criador. Um fofoqueiro genuíno respeita muito suas fontes, sendo-lhes sempre fiel.
O que quero dizer é que devemos estar atentos aos fofoqueiros saudáveis. Eles prestam um serviço, e não um desserviço, às organizações. Se algo não é para ser conhecido, que não seja dito em hora nenhuma. Se a notícia chega aos ouvidos dos fofoqueiros saudáveis, o papel deles é passar adiante. Está no sangue. Nas companhias onde trabalho, sempre gosto de identificá-los e, secretamente, contar com seu apoio, por exemplo, numa nova campanha interna. É só chegar perto, como quem não quer nada, e soltar: “Você já soube da última?”. E aí revelar o que, naquele momento, é conveniente. Os fofoqueiros saudáveis são verdadeiros ‘teasers’ ambulantes.
“Quem não deve, não teme”, já dizia minha santa avó. Para ela, segredo só se conta para Deus. Se as empresas têm segredos – muitas vezes necessários –, está mais do que na hora de seus gestores saberem ser deuses e deixar os fofoqueiros saudáveis fazerem seu trabalho em paz, quando lhes for solicitado.
Fonte: Por Jacinto Corrêa - chefe do Centro de Comunicação Corporativa do Senac Nacional, in www.nosdacomunicacao.com
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