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RSS: comunicação direta com os usuários

Você já deve ter reparado em sites que trazem em suas páginas um ícone alaranjado com as letras RSS, XML, ATOM ou simplesmente um retângulo laranja entrecortado por semicírculos. Pois bem, são os feeds (fontes) RSS, um recurso desenvolvido em XML que serve para distribuir notícias e conteúdo de sites e blogs. Em pouco tempo, nenhum site de informação sobreviverá sem os feeds RSS.

O conceito RSS nasceu em 1997, criado por Dave Winer, para publicar o “ScriptingNews” – mais tarde eles seriam conhecidos, respectivamente, como o primeiro blogueiro e primeiro blog do mundo. O formato tomou corpo pela confluência de duas tecnologias: a ‘Really Simple Syndication’, da empresa de software UserLand – Winer, usava para enviar aos seus usuários atualizações ocorridas em seu blog e da ‘Rich Site Summary’, desenvolvida pela Netscape, que mesclava recursos em RDF (Resource Description Framework) e XML (eXtensible Markup Language), a qual permitia que usuários criassem suas home-pages personalizadas no portal “My Netscape”, com fluxo de dados atualizados com regularidade.

Entre 1999 e 2000, a Nestcape insistia na co-autoria do formato, nomeando suas versões em RSS 0.9, RSS 0.91 e RSS 1.0. Mas foi apenas em 2003, que a Winer e a UserLand receberam o mérito público pela autoria do formato RSS 2.0, que já havia sido adotado pelo jornal “The New York Times” com intuito de oferecer a seus leitores a possibilidade de “assinar” os chamados feeds de notícias.

Atualmente quase todos os sites de notícias ou portais de informação já distribuem seu conteúdo também por RSS. Na prática, significa que os internautas podem ficar sabendo das atualizações de um site sem precisar visitá-lo diretamente. É um recurso eficiente que aumenta a visibilidade de um site e economiza tempo do usuário. Quando o assunto divulgado desperta interesse, o usuário também visita outras páginas do site para aprofundar-se no conteúdo.

Depois de se inscrever, via programas chamados “agregadores”, “feed readers” ou “leitores de feeds”, que podem ser baixados gratuitamente e instalados no desktop ou usados diretamente on-line na Internet, os usuários são notificados automaticamente toda vez que alguma novidade é postada no site. Esses programas permitem o recebimento rápido de notícias ou informações, sincronizadas com os respectivos fornecedores de conteúdo.

Por meio de uma única interface, o usuário pode ter acesso a tópicos sobre determinado assunto, das mais variadas fontes e somente ler aqueles que lhe interessam. Eu mesmo já cheguei a ler até 100 fontes de notícias num único dia, dos assuntos mais variados possíveis, desde dados sobre a campanha presidencial norte-americana até os últimos boatos geeks a respeito de tecnologias emergentes e tenho certeza que só consegui realizar a tarefa devido ao uso do agregador e a disponibilidade do recurso RSS das diversas fontes de informações que escolhi.

Em blogs, a maioria dos provedores já fornece o serviço RSS agregado. O conteúdo das páginas fica no seu site, com banners, propagandas, senhas e tudo mais. O feed normalmente traz chamadas ou manchetes, um resumo e um link para a referida página.

Os sites de informações sem a utilização de feeds RSS serão esquecidos em pouco tempo. Os feeds RSS não servem apenas para conquistar novos visitantes, mas para fidelizar aqueles usuários atuais e aumentar o número de visitas ao site.

O serviço de RSS pode ser comparado ao das “e-newsletters” ou newsletters eletrônicas, oferecidas por websites para manter seus leitores atualizados. A diferença é que o RSS é um canal de comunicação direto com os usuários, sem que eles precisem fornecer um endereço de e-mail.


Fonte: Por Eduardo Favaretto - fundador do iBuscas, in www.baguete.com.br

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