Você já parou para pensar no que torna o aprendizado particularmente eficaz? Como em qualquer processo, a resposta é um projeto de processo eficaz desde o início acoplado à sua melhoria contínua. Existem quatro estágios ou níveis de aprendizagem: ignorância, consciência, arrogância e sabedoria. O primeiro estágio, o da ignorância, é aquele em que eu não sei e não sei que não sei.
Complicado? Nem um pouco. Vamos exemplificar com a criança que ainda não sabe andar. Não sabe porque ainda não aprendeu, mas, sentada no chão da sala, ela observa que os adultos a sua volta levantam-se sem esforço do sofá e saem caminhando. Como ela não tem consciência de que não sabe andar, ela tenta se levantar e, ao fazê-lo, cai.
Ela é inconscientemente ignorante. Ao tentar várias vezes, caindo e se machucando, ela começa a perceber que aquele ato que parece tão fácil aos adultos não é do seu domínio. Nesse exato momento, começa a entrar no segundo estágio, começa a ter a consciência de sua ignorância, pois agora ela sabe que não sabe andar. Esse é o passo mais importante no processo de aprendizagem: quando assumimos que não sabemos, nos abrimos para a aprendizagem.
De repente, como que num passe de mágica, a criança se percebe andando só, sem ajuda de ninguém. Esse é o estágio mais perigoso do aprendizado. Ao supervalorizarmos o que sabemos, somos levados à soberba e à arrogância, não compartilhamos o que aprendemos, nos sentimos superiores e, o pior, corremos o risco de parar de aprender, o que nos levará novamente ao estágio da ignorância já que o saber não renovado é cada vez mais perecível.
Finalmente, a criança, tem no seu ato de andar, algo cotidiano: anda, corre, dança e tudo isso é normal. Ela acaba de atingir o quarto estágio: ela sabe e não tem a menor importância que ela sabe. É o conhecimento aplicado à vida. É a sabedoria, quando todo o conhecimento é aplicado para melhorar a minha vida, a vida dos nossos familiares, amigos...
Para a produtividade de nossas organizações, também podemos aplicar os estágios da aprendizagem. A vida toda estaremos, para cada tema ou situação especifica, em um desses estágios. O atalho para aprender novas idéias é admitir o que não sabemos. Muitas vezes as pressões, os problemas e os desafios de curto prazo fazem parecer uma temeridade pensar longe.
O guru Peter Senge apontou certa vez que os principais males das empresas modernas é que as pessoas não têm tempo para fazer as coisas que exijam imaginação e paciência, que não produzam resultados imediatos. Em outras palavras, não lhes é dado tempo para afiar os machados. O triste fato é que isso nos torna menos produtivos a longo prazo.
Portanto, volto a enfatizar a importância do investimento no aperfeiçoamento constante: tanto profissional como pessoal. Ou será que teremos profissionais de primeira linha se não tivermos pessoas de primeira linha? Nunca será possível saber tudo sobre a formação de grandes executivos. Mas, se as empresas aplicarem o que sabem a respeito do papel da experiência no desenvolvimento de funcionários, conseguirão aumentar o ritmo de crescimento de seus executivos.
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio - Presidente da Tecnisa, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Complicado? Nem um pouco. Vamos exemplificar com a criança que ainda não sabe andar. Não sabe porque ainda não aprendeu, mas, sentada no chão da sala, ela observa que os adultos a sua volta levantam-se sem esforço do sofá e saem caminhando. Como ela não tem consciência de que não sabe andar, ela tenta se levantar e, ao fazê-lo, cai.
Ela é inconscientemente ignorante. Ao tentar várias vezes, caindo e se machucando, ela começa a perceber que aquele ato que parece tão fácil aos adultos não é do seu domínio. Nesse exato momento, começa a entrar no segundo estágio, começa a ter a consciência de sua ignorância, pois agora ela sabe que não sabe andar. Esse é o passo mais importante no processo de aprendizagem: quando assumimos que não sabemos, nos abrimos para a aprendizagem.
De repente, como que num passe de mágica, a criança se percebe andando só, sem ajuda de ninguém. Esse é o estágio mais perigoso do aprendizado. Ao supervalorizarmos o que sabemos, somos levados à soberba e à arrogância, não compartilhamos o que aprendemos, nos sentimos superiores e, o pior, corremos o risco de parar de aprender, o que nos levará novamente ao estágio da ignorância já que o saber não renovado é cada vez mais perecível.
Finalmente, a criança, tem no seu ato de andar, algo cotidiano: anda, corre, dança e tudo isso é normal. Ela acaba de atingir o quarto estágio: ela sabe e não tem a menor importância que ela sabe. É o conhecimento aplicado à vida. É a sabedoria, quando todo o conhecimento é aplicado para melhorar a minha vida, a vida dos nossos familiares, amigos...
Para a produtividade de nossas organizações, também podemos aplicar os estágios da aprendizagem. A vida toda estaremos, para cada tema ou situação especifica, em um desses estágios. O atalho para aprender novas idéias é admitir o que não sabemos. Muitas vezes as pressões, os problemas e os desafios de curto prazo fazem parecer uma temeridade pensar longe.
O guru Peter Senge apontou certa vez que os principais males das empresas modernas é que as pessoas não têm tempo para fazer as coisas que exijam imaginação e paciência, que não produzam resultados imediatos. Em outras palavras, não lhes é dado tempo para afiar os machados. O triste fato é que isso nos torna menos produtivos a longo prazo.
Portanto, volto a enfatizar a importância do investimento no aperfeiçoamento constante: tanto profissional como pessoal. Ou será que teremos profissionais de primeira linha se não tivermos pessoas de primeira linha? Nunca será possível saber tudo sobre a formação de grandes executivos. Mas, se as empresas aplicarem o que sabem a respeito do papel da experiência no desenvolvimento de funcionários, conseguirão aumentar o ritmo de crescimento de seus executivos.
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio - Presidente da Tecnisa, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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