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Quem faz a escola da vida tem a ensinar

Dos dez homens mais ricos do mundo listados pela Forbes, cinco, entre os quais Bill Gates e Michael Dell, não completaram a faculdade. Na relação dos milionários - ou bilionários - sem diploma, há, ainda, nomes como Paul Allen (Microsoft), Steve Jobs (Apple), Larry Ellison (Oracle) e Li Ka-Shing (o homem mais rico da Ásia), apenas para citar alguns.

No Brasil, há nomes ilustres como Samuel Klein (Casas Bahia), Abraham Kasisnky (Cofap), Alair Martins (fundador do Grupo Martins e homenageado pelo programa Empreendedor do Ano 2008 com o Lifetime Achievement) e Luiz Antônio Seabra (fundador da Natura , na Forbes como um dos bilionários brasileiros), entre muitos outros. O que todos esses empreendedores de sucesso têm em comum é que eles aprenderam fazendo. E, por isso mesmo, têm muito a ensinar.

Ensinar como? Minha resposta a essa pergunta é o projeto Escola da Vida, que pretende levar ao público as lições e os conhecimentos adquiridos por aqueles que aprenderam na prática. É uma iniciativa inédita que visa levar a todos os que buscam o sucesso profissional – tenham eles completado seus estudos ou não -, a sabedoria, as dicas e os conselhos daqueles que "se formaram na escola da vida", ou seja, que construíram grandes fortunas e trajetórias vitoriosas por meio do "aprender fazendo", e aqui incluo também os self made men, que construíram grandes fortunas sozinhos, no espaço de uma geração.

A fim de atingir esse objetivo, a Escola da Vida está se aliando a Microlins. A empresa fundada por José Carlos Semenzato em 1991 é hoje a maior rede de franquias de cursos profissionalizantes da América Latina. Com cerca de 700 franqueados, a Microlins já formou mais de 2.5 milhões de alunos em todo o Brasil. Outra parceria de peso está sendo formada com Stephen Kanitz, professor de Harvard, colunista e palestrante que será o presidente do conselho consultivo da Escola da Vida.

A escola não tem por objetivo reduzir a importância do ensino acadêmico. Sua proposta é bem diferente. Queremos complementar o que se ensina nas escolas, ensinando o que não se aprende na sala de aula. O objetivo é reduzir a distância que existe entre o ensino teórico e o conhecimento de aplicação prática. Acredito que a melhor forma de fazer isso é valer da experiência e das lições de empreendedorismo daqueles que aprenderam fazendo.

Na biografia de Albert Einstein, o autor Walter Isaacson, diretor do Aspen Institute e ex-presidente da CNN, diz: "A vantagem competitiva de uma sociedade não virá da eficiência com que a escola ensina multiplicação e tabela periódica, mas do modo como estimula a imaginação e a criatividade". Isso não significa de forma alguma que a escola não deva ensinar – e bem – o que ela já ensina. Significa apenas que há outros aspectos que também devem ser enfatizados. E isso é especialmente verdadeiro no que se refere ao empreendedorismo. A Escola da Vida veio para somar, não para subtrair.


Fonte: Por Ricardo Bellino, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9

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