Os tempos atuais trouxeram para o mundo incertezas maiores do que poderíamos prever. O 11 de Setembro marcou o fim de uma era e o nosso futuro comum está muito mais indefinido. A possibilidade de ocorrências incontroláveis faz cada vez mais parte de nossa rotina.
O consumo desenfreado nos torna cúmplices do aquecimento global, através de uma industrialização produtiva inconseqüente. Crescimento econômico não basta. O equilíbrio entre as dimensões ambientais, sociais e econômicas é a meta. Difícil – pois ninguém sabe direito como mudar as regras do jogo sem quebrar toda a banca. Em nossos planejamentos, precisamos considerar ameaças de terrorismo, riscos de pandemias (no Brasil, temos de volta a febre amarela), mercados nervosos, especuladores de plantão. Em alguns países, presenciamos o fortalecimento de governos autoritários e suas quebras de contratos, alteração de regras.
Podemos dizer que largamos as mãos de um trapézio inseguro, mas de certa forma conhecido, e voamos na direção de outro trapézio – desconhecido. Estamos bem no meio do vácuo entre um lado e o outro.
Alguns estudiosos apontam esta fase da história humana como uma grande oportunidade global. Outros apontam para a derrocada definitiva de sistemas econômicos, modelos políticos e estruturas morais tradicionais. Tudo está sendo questionado, transformado. A comunicação inclusive.
Hoje temos ferramentas de interatividade que conectam milhares de pessoas. Acessamos ambientes de informação e troca de conhecimentos de dia e de noite. As fronteiras entre interior, periferia e os centros urbanos desapareceram. Cidadãos do mundo ligados em sites editam vídeos, enviam opiniões e manifestos. Adolescentes reunidos em comunidades digitais, indígenas blogueiros, movimentos sociais organizados globalmente mantém uma vida virtual pulsando em paralelo ao mundo concreto. Não há mais privacidade, por conseqüência há mais escândalos sendo descobertos.
Estamos cada vez mais interligados, informados e dependentes de uma grande rede de relações. Nenhuma geração viveu isso, até hoje. E nenhuma empresa vai sobreviver se não mergulhar neste cenário, neste novo mundo. Meio desconhecido talvez psicodélico, mas altamente dinâmico, comunicativo, mutante e em expansão.
Comecei este artigo falando sobre incertezas, riscos, mudanças e termino falando sobre comunicação. Porque mesmo não tendo uma bola de cristal para saber qual será nosso futuro – e os jornais falam que vem aí uma crise econômica global, a comunicação será a nossa tábua de salvação.
Nunca antes falamos tanto em diálogo com partes interessadas, engajamento de stakeholders, qualidade das relações, respeito à diversidade e outros termos que já se tornaram jargões corporativos. Nunca as empresas estiveram tão propensas a apresentar seu valores, suas crenças, suas missões. A escrever relatórios prestando contas de suas atividades, projetos, planos. Erros e acertos. Aprendizados.
Ainda existe muito a ser feito. O futuro nos exige soluções novas e vai demandar muito mais esforço. Mas com tantas ferramentas nas mãos e muito mais gente participando dos processos de comunicação, a gestão do novo e do desconhecido poderá ser menos traumática. Desafios serão vencidos mais facilmente.
Neste novo tempo, a comunicação para a mudança pode ser uma espécie de bússola. Quando tivermos dúvidas sobre a melhor direção, ela poderá nos dar mais chances de entender cenários e de acertar o caminho.
Fonte: Por Luiz Antônio Gaulia - Editor Executivo da Report - Comunicação para a Sustentabilidade, in www.aberje.com.br
O consumo desenfreado nos torna cúmplices do aquecimento global, através de uma industrialização produtiva inconseqüente. Crescimento econômico não basta. O equilíbrio entre as dimensões ambientais, sociais e econômicas é a meta. Difícil – pois ninguém sabe direito como mudar as regras do jogo sem quebrar toda a banca. Em nossos planejamentos, precisamos considerar ameaças de terrorismo, riscos de pandemias (no Brasil, temos de volta a febre amarela), mercados nervosos, especuladores de plantão. Em alguns países, presenciamos o fortalecimento de governos autoritários e suas quebras de contratos, alteração de regras.
Podemos dizer que largamos as mãos de um trapézio inseguro, mas de certa forma conhecido, e voamos na direção de outro trapézio – desconhecido. Estamos bem no meio do vácuo entre um lado e o outro.
Alguns estudiosos apontam esta fase da história humana como uma grande oportunidade global. Outros apontam para a derrocada definitiva de sistemas econômicos, modelos políticos e estruturas morais tradicionais. Tudo está sendo questionado, transformado. A comunicação inclusive.
Hoje temos ferramentas de interatividade que conectam milhares de pessoas. Acessamos ambientes de informação e troca de conhecimentos de dia e de noite. As fronteiras entre interior, periferia e os centros urbanos desapareceram. Cidadãos do mundo ligados em sites editam vídeos, enviam opiniões e manifestos. Adolescentes reunidos em comunidades digitais, indígenas blogueiros, movimentos sociais organizados globalmente mantém uma vida virtual pulsando em paralelo ao mundo concreto. Não há mais privacidade, por conseqüência há mais escândalos sendo descobertos.
Estamos cada vez mais interligados, informados e dependentes de uma grande rede de relações. Nenhuma geração viveu isso, até hoje. E nenhuma empresa vai sobreviver se não mergulhar neste cenário, neste novo mundo. Meio desconhecido talvez psicodélico, mas altamente dinâmico, comunicativo, mutante e em expansão.
Comecei este artigo falando sobre incertezas, riscos, mudanças e termino falando sobre comunicação. Porque mesmo não tendo uma bola de cristal para saber qual será nosso futuro – e os jornais falam que vem aí uma crise econômica global, a comunicação será a nossa tábua de salvação.
Nunca antes falamos tanto em diálogo com partes interessadas, engajamento de stakeholders, qualidade das relações, respeito à diversidade e outros termos que já se tornaram jargões corporativos. Nunca as empresas estiveram tão propensas a apresentar seu valores, suas crenças, suas missões. A escrever relatórios prestando contas de suas atividades, projetos, planos. Erros e acertos. Aprendizados.
Ainda existe muito a ser feito. O futuro nos exige soluções novas e vai demandar muito mais esforço. Mas com tantas ferramentas nas mãos e muito mais gente participando dos processos de comunicação, a gestão do novo e do desconhecido poderá ser menos traumática. Desafios serão vencidos mais facilmente.
Neste novo tempo, a comunicação para a mudança pode ser uma espécie de bússola. Quando tivermos dúvidas sobre a melhor direção, ela poderá nos dar mais chances de entender cenários e de acertar o caminho.
Fonte: Por Luiz Antônio Gaulia - Editor Executivo da Report - Comunicação para a Sustentabilidade, in www.aberje.com.br
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