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Classe C se consolida enquanto as classes D e E diminuem

O cenário é ideal para a maturidade do mercado de consumo em todas as classes: o aumento da classe C se consolida, as classes D e E diminuem, a desigualdade de renda é menor em todos os níveis, a renda disponível é maior, assim como a confiança na economia do País. São essas as principais constatações do Observador Brasil 2008, pesquisa encomendada pela financeira do grupo francês BNP Paribas, a Cetelem, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ipsos.

Com o intuito de compreender as regiões em que atua, a financeira francesa trouxe ao país pela terceira vez o Observador. A pesquisa também é feita em outros países, como França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha e Bélgica, o que permite uma avaliação global, comparando os diversos mercados na pesquisa brasileira. Os dados foram coletados a partir de 1.500 entrevistas, pessoais e domiciliares, de habitantes de 70 cidades e 9 regiões metropolitanas.

De acordo com a pesquisa, a classe C saltou de 36%, em 2006, para 46%, chegando a 86 milhões de pessoas, em 2007. Já as classes D/E, que até 2006 tinham uma proporção maior que a C, apresentaram uma queda de 46% para 39%, caindo para 73 milhões de pessoas, em 2007.





A pesquisa demonstra também que houve diminuição na desigualdade de renda, com uma ligeira queda da renda média das classes A/B, ascensão de um grande contingente para a classe C e um pequeno aumento da renda média das classes D/E.

Em 2005, a renda média familiar das classes A/B era R$ 2.484. Ela caiu sucessivamente para R$ 2.325 e depois atingiu R$ 2.217 em 2007 – o que corresponde a uma redução de cerca de 11%. Nas classes D/E a renda média familiar subiu de R$ 545 em 2005 para R$ 571 e depois R$ 580 em 2007. Um crescimento de pouco mais de 6%. A renda média da classe C permaneceu no mesmo patamar quando se consideram esses três anos: algo em torno de R$ 1.100. É importante ressaltar que o número de pessoas que passou de D/E para C teve um aumento de sua renda média mensal de R$ 580 para esses R$ 1.100.

Outro acontecimento positivo foi a melhoria da renda disponível das classes C e D/E. A renda disponível das classes D/E foi negativa em 2005, - R$ 17, terminando o ano no vermelho. No entanto, em 2006, praticamente zeraram obtendo uma renda disponível de um pouco mais de R$ 2. E, agora em 2007, conseguiram atingir R$ 22 de renda disponível.





A classe C também experimentou aumento de renda disponível. Ela era R$ 122 em 2005, passou para R$ 191 em 2006 e caiu para R$ 147 em 2007. Apesar da queda no último ano, quando se toma todo o período, o crescimento foi de 20%, algo bastante significativo. Apenas as classes

As classes A/B viram diminuir sua renda disponível, caindo de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007, uma redução de 20%.

De acordo com o Observador, os maiores crescimentos na intenção de compra de bens foram para móveis, eletrodomésticos, lazer/viagem, TV/Hi-Fi/vídeo, telefone celular, computador para casa e decoração. Foram 7 de 12 itens analisados.


Otimismo predomina
Renda em alta, renda disponível em crescimento, otimismo também. Quando se perguntou, em 2005, qual a nota que as pessoas davam para a situação atual do Brasil, esse número atingiu 4,7 entre 0 e 10. Em 2006 foi para 5,2 e finalmente para 5,3 em 2007. A nota média dada pelo brasileiro para a situação atual do país é superior a nota dada pelo europeu, 4,9.

O ano de 2007 reforça ainda mais este otimismo. Nas regiões brasileiras a nota média conferida à situação do Brasil aumentou de forma diferenciada. Sul e Sudeste tiveram um padrão de crescimento semelhante entre si, mas diferente de Norte, Centro-Oeste e Nordeste.


Fonte: www.consumidormoderno.com.br

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