Em reflexões anteriores, fizemos análises sobre a importância do modelo mental e do conjunto de valores que moldam a nossa maneira de ser e agir. Tentamos alertar para os perigos da nossa antropologia ibérica, que nos orienta de maneira extremamente errada para os conceitos mais simples da vida: trabalho, aprendizado, ganância, individualismo, egoísmo, responsabilidade, são apenas alguns dos temas neste campo que denomino de Inteligência de Valores. Ainda existe muito a se pensar sobre o assunto, mas isso fica para uma próxima vez.
Hoje, gostaria de dar atenção ao que Daniel Goleman cunhou como Inteligência Emocional, um conjunto de pesquisas e análises científicas que dão fundamentação teórica às idéias de Dale Carnegie desenvolvidas na década de 30 do século passado, e que ficaram famosas no livro "Como vencer na vida, influenciando pessoas". Este tema, hoje na superficialidade da auto-ajuda, merece ser elevado a categoria mais nobre, e deve ser incluído na "passagem de conhecimento" das empresas.
Definitivamente a Inteligência Emocional - capacidade de controlar suas relações com os outros e suas próprias emoções - é fator crítico de sucesso na vida profissional e pessoal dos seres humanos. Há cerca de dois anos trabalhando no desenvolvimento da liderança em uma grande empresa, que precisava melhorar seus níveis de integração, pedi uma lista de características do comportamento daquele grupo. Literalmente, recebi a seguinte resposta: vaidade, individualismo, lei de Gerson, desconfiança, ganhar para si, sarcasmo, rancores, injustiças, sentimento de vingança.
Este não é um caso único. Pelo contrário, mesmo em organizações bem-sucedidas o clima de competição neurótica deste início de século XXI está exacerbado. Este lado-sombra das pessoas, o espírito de equipe engrandecedora está sendo substituído por um clima de total desarmonia. Enfim, times são desestruturados e se transformam em bandos.
É preciso entender que existe, e no momento é indispensável para o sucesso, o conceito de QI Grupal, no qual o QI de grupo deve ser muito maior do que a soma dos QI’s individuais. Ou seja, uma equipe de cinco pessoas com QI individual de 100 não pode como resultado ter apenas 500. Seu QI Grupal deve atingir 3000, 5000. Ou seja, um QI sinergizando com o outro, se multiplicando, e não se anulando mutuamente. O único catalisador capaz deste resultado é o QE (Inteligência Emocional) do qual fazem parte a confiança, o respeito, a empatia, a valorização, o feedback positivo, o sentido do "nós" maior do que o "eu", a generosidade, a temperança, o equilíbrio.
De nada adiantará ser o primeiro aluno da turma se meu único atributo é "saber fazer bem as provas" e se minha estratégia é ficar isolado de todos para ser o melhor nestas condições. Como idéia prática crie a Avaliação de Amigo. Mande todos de uma equipe dar uma nota de 0 a 10 para o item Amigo / Amiga. Nota dez: este cara é um amigão. Nota zero: este cara é um crápula. Faça as contas e escolha os melhores. No final do ano junto com as medalhas dos melhores líderes dê outras para os melhores amigos. Você estará construindo um mundo muito melhor; para você e para outros.
Fonte: Por Marco Aurélio Ferreira Vianna, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Hoje, gostaria de dar atenção ao que Daniel Goleman cunhou como Inteligência Emocional, um conjunto de pesquisas e análises científicas que dão fundamentação teórica às idéias de Dale Carnegie desenvolvidas na década de 30 do século passado, e que ficaram famosas no livro "Como vencer na vida, influenciando pessoas". Este tema, hoje na superficialidade da auto-ajuda, merece ser elevado a categoria mais nobre, e deve ser incluído na "passagem de conhecimento" das empresas.
Definitivamente a Inteligência Emocional - capacidade de controlar suas relações com os outros e suas próprias emoções - é fator crítico de sucesso na vida profissional e pessoal dos seres humanos. Há cerca de dois anos trabalhando no desenvolvimento da liderança em uma grande empresa, que precisava melhorar seus níveis de integração, pedi uma lista de características do comportamento daquele grupo. Literalmente, recebi a seguinte resposta: vaidade, individualismo, lei de Gerson, desconfiança, ganhar para si, sarcasmo, rancores, injustiças, sentimento de vingança.
Este não é um caso único. Pelo contrário, mesmo em organizações bem-sucedidas o clima de competição neurótica deste início de século XXI está exacerbado. Este lado-sombra das pessoas, o espírito de equipe engrandecedora está sendo substituído por um clima de total desarmonia. Enfim, times são desestruturados e se transformam em bandos.
É preciso entender que existe, e no momento é indispensável para o sucesso, o conceito de QI Grupal, no qual o QI de grupo deve ser muito maior do que a soma dos QI’s individuais. Ou seja, uma equipe de cinco pessoas com QI individual de 100 não pode como resultado ter apenas 500. Seu QI Grupal deve atingir 3000, 5000. Ou seja, um QI sinergizando com o outro, se multiplicando, e não se anulando mutuamente. O único catalisador capaz deste resultado é o QE (Inteligência Emocional) do qual fazem parte a confiança, o respeito, a empatia, a valorização, o feedback positivo, o sentido do "nós" maior do que o "eu", a generosidade, a temperança, o equilíbrio.
De nada adiantará ser o primeiro aluno da turma se meu único atributo é "saber fazer bem as provas" e se minha estratégia é ficar isolado de todos para ser o melhor nestas condições. Como idéia prática crie a Avaliação de Amigo. Mande todos de uma equipe dar uma nota de 0 a 10 para o item Amigo / Amiga. Nota dez: este cara é um amigão. Nota zero: este cara é um crápula. Faça as contas e escolha os melhores. No final do ano junto com as medalhas dos melhores líderes dê outras para os melhores amigos. Você estará construindo um mundo muito melhor; para você e para outros.
Fonte: Por Marco Aurélio Ferreira Vianna, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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