Há um tempo, tive uma conversa com Paulo Nassar, da Aberje, e perguntei para ele qual seria o perfil do profissional ideal do momento. Ele foi categórico ao dizer que o que o mercado quer é o "mestiço", ou seja, aquele profissional que domina não só a comunicação, mas também outras áreas.
Numa pesquisa feita pela Aberje em conjunto coma USP foram ouvidas as 50 principais empresas do país e, acreditem, os profissionais de comunicação que trabalham nelas chegam a ter entre 2 e 3 formações, que correm pelas básicas como jornalismo, relações-públicas e propaganda e marketing, mas que saindo daí passam a ter também instrução em direito, administração, relações institucionais e até TI.
A pesquisa indica - já respondendo a questão da minha amiga - que concentrar-se demais na mesma matéria de graduação não tem trazido muitas oportunidades nas grandes empresas. Por conseqüência isso se espalha para o resto do mercado, que toma como base as atitudes das grandes.
Do "mestiço" da pesquisa, vou transformá-lo no "mutante". Concordo em gênero, número e grau com o que a pesquisa e o Paulo Nassar afirmam e vou até mais além. O profissional hoje tem que estar preparado para ter "mutações" constantes no seu perfil. Não há mais espaço para o especialista ou o técnico. O novo ser da comunicação tem que equalizar tudo rapidamente, renovando-se a cada dia.
Esse tem sido um dos grandes dilemas meus inclusive. Como se renovar diariamente sendo que rotinas e mais rotinas atacam incessantemente? Sinceramente não sei responder ainda, só estou fugindo de dar as respostas e as fórmulas prontas que dei no passado, pois já sei que não vai funcionar.
A necessidade de mutação é tanta que corremos o risco de perder até a noção das nossas origens como profissionais, chegando um dia que podemos nem lembrar por onde começamos, tamanha as mudanças que aplicamos na nossa carreira.
De qualquer forma, não a outra saída, ainda mais com tanto tecnologia chegando e unificando e acelerando nossas rotinas. Pensar que a maneira que você resolveu um problema no passado serve para hoje é risco na certa. Vale o mesmo para a carreira, achar que manter-se na mesma linha do curso de graduação é repetir uma história passada e que pode não trazer benefício algum.
Fazendo um paralelo com os quadrinhos da Marvel, temos que integrar ao nosso DNA o Fator X. Nas histórias dos X-Men este é o elemento gerador dos poderes fantásticos aos personagens, ou seja, era uma mutação na estrutura molecular do indivíduo, o que o fazia ser diferente constantemente graças a um poder especial. Mudar e mutar são posturas que temos que absorver na estrutura até subatômica das nossas vidas.
Viva aos mestiços, mutantes e comunicadores multifuncionais!!!
Fonte: Por Eduardo Pugnali, in portalimprensa.uol.com.br
Numa pesquisa feita pela Aberje em conjunto coma USP foram ouvidas as 50 principais empresas do país e, acreditem, os profissionais de comunicação que trabalham nelas chegam a ter entre 2 e 3 formações, que correm pelas básicas como jornalismo, relações-públicas e propaganda e marketing, mas que saindo daí passam a ter também instrução em direito, administração, relações institucionais e até TI.
A pesquisa indica - já respondendo a questão da minha amiga - que concentrar-se demais na mesma matéria de graduação não tem trazido muitas oportunidades nas grandes empresas. Por conseqüência isso se espalha para o resto do mercado, que toma como base as atitudes das grandes.
Do "mestiço" da pesquisa, vou transformá-lo no "mutante". Concordo em gênero, número e grau com o que a pesquisa e o Paulo Nassar afirmam e vou até mais além. O profissional hoje tem que estar preparado para ter "mutações" constantes no seu perfil. Não há mais espaço para o especialista ou o técnico. O novo ser da comunicação tem que equalizar tudo rapidamente, renovando-se a cada dia.
Esse tem sido um dos grandes dilemas meus inclusive. Como se renovar diariamente sendo que rotinas e mais rotinas atacam incessantemente? Sinceramente não sei responder ainda, só estou fugindo de dar as respostas e as fórmulas prontas que dei no passado, pois já sei que não vai funcionar.
A necessidade de mutação é tanta que corremos o risco de perder até a noção das nossas origens como profissionais, chegando um dia que podemos nem lembrar por onde começamos, tamanha as mudanças que aplicamos na nossa carreira.
De qualquer forma, não a outra saída, ainda mais com tanto tecnologia chegando e unificando e acelerando nossas rotinas. Pensar que a maneira que você resolveu um problema no passado serve para hoje é risco na certa. Vale o mesmo para a carreira, achar que manter-se na mesma linha do curso de graduação é repetir uma história passada e que pode não trazer benefício algum.
Fazendo um paralelo com os quadrinhos da Marvel, temos que integrar ao nosso DNA o Fator X. Nas histórias dos X-Men este é o elemento gerador dos poderes fantásticos aos personagens, ou seja, era uma mutação na estrutura molecular do indivíduo, o que o fazia ser diferente constantemente graças a um poder especial. Mudar e mutar são posturas que temos que absorver na estrutura até subatômica das nossas vidas.
Viva aos mestiços, mutantes e comunicadores multifuncionais!!!
Fonte: Por Eduardo Pugnali, in portalimprensa.uol.com.br
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