Pular para o conteúdo principal

Em busca da fidelidade

A troca de pontos por descontos em mercadorias, o recebimento de brindes e a participação em eventos exclusivos são alguns dos mimos oferecidos pelos lojistas aos seus clientes para garantir a fidelização de cada um. Atualmente, é muito comum uma marca oferecer o cartão fidelidade, o qual assume diversos formatos, para fazer valer os benefícios.

Ainda que seja uma boa estratégia para ofertar crédito, abrindo maior possibilidade de vendas, o consultor Luiz Freitas, diretor do Centro de Estudos do Varejo (CEV), alerta que a ação deve ter base no perfil do consumidor e gerar valor para o cliente.

"É preciso direcionar o produto e, portanto, é imprescindível conhecer cada comprador. Muitos entregam o cartão a todos que realizam uma compra, mas isso é um erro e compromete a qualidade do cartão. Quanto maior a base de dados e de análise, melhor para traçar os benefícios que serão concedidos", orienta ele.

TRATAMENTO DIFERENCIADO. O programa de fidelidade da Maria Filó, de moda feminina, foi lançado como forma de estreitar o contato com as clientes que tem afinidade com a marca, por meio de tratamento diferenciado.

Quem passa a ter o benefício desfruta de regalias especialmente preparadas para agradar e encantar. Vinícius Ribeiro, coordenador de marketing da marca, exemplifica que, entre os mimos, estão as prévias das liquidações, quando é dedicado um dia inteiro de promoções só para quem possui o cartão, e o recebimento de newsletters com novidades e dicas de estilo.

"Com essa estratégia, além da fidelização, conseguimos fazer com que a consumidora entenda melhor o conceito da marca e das coleções. Para fazer parte do rol de clientes especiais é preciso estar inserida no ranking que fazemos, o qual é baseado no critério tempo da última compra, aliado ao valor gasto em espaço determinado e na freqüência dos últimos seis meses", explica Ribeiro.

Para traçar ações de relacionamento específicas para grupos de clientes, Ribeiro diz que, ao receber o kit de boas vindas ao programa de fidelidade, cada uma preenche uma ficha de pesquisa, pela qual é possível traçar o perfil completo. "Perguntamos desde que outras marcas elas consomem, ao restaurante preferido, passando pelo percentual do guarda-roupa dedicado às roupas da Maria Filó", observa o coordenador.

Há quatro meses, os freqüentadores da pet shop Via Animal, em Niterói, recebem o cartão fidelidade nas compras acima de R$ 100 ou aqueles que realizam compras freqüentes e têm bom relacionamento com a loja, conforme informa Régis de Paula, dono da loja. O empresário diz que o objetivo da ação é alcançar a melhoria no atendimento.

"O que queremos é chegar à excelência no trato com o cliente, pois esta é uma forma de gerar a recompra. Um consumidor satisfeito sempre retorna à loja. Hoje, o pequeno varejo sobrevive não só com o bom preço praticado, mas, principalmente, com a qualidade no atendimento. Outra finalidade do cartão é adquirir o cadastro com os hábitos de consumo de cada um, o que facilita no direcionamento das informações e dos conteúdos das malas-diretas que enviamos", ressalta ele.

Os clientes que têm o cartão da Via Animal acumulam pontos que são convertidos em reais, que podem utilizar na compra de qualquer mercadoria.

valorização. Para atender às solicitações dos clientes, a Bisi lançou, recentemente, o Cartão Estrela, o qual é dado apenas para aqueles que completarem R$ 500 em compras. Ana Paula Alves, assistente de marketing da marca, explica que, a cada R$ 50 em peças, é estampada uma estrela no cartão.

Ao completar dez estrelinhas, a pessoa recebe o chaveirinho com o código vip. O objetivo, de acordo com ela, é fazer com que os portadores do cartão se sintam valorizados.

"Com esse código, o cliente ganha descontos, recebe brindes, tem o privilégio de conhecer a coleção antes mesmo de ela chegar às araras das lojas e tem entrada livre no espaço reservado para ele no nosso site. Estamos, há uma semana, entregando os cartões e já temos cerca de 50 contemplados. A idéia de fazer o cartão na forma de chaveiro foi para encantar nosso público, que é da faixa etária entre 8 e 12 anos", destaca Ana.


Fonte: Jornal do Commercio

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç