Pular para o conteúdo principal

Marketing Promocional. Marketing o que?

É simples assim. Trabalho com Marketing Promocional há 20 anos. Há 20 anos que tento contar para as pessoas o que realmente eu faço. Para minha mãe eu já desisti. Para meus filhos, limito a dizer que o que eu faço são aqueles brindes que eles tanto querem. Para os amigos, arrisco falar que sou Publicitário e ponto final.

Porém, toda esta dificuldade me fez pensar que o errado não sou eu, ou a minha falta de idéia para justificar o que eu faço. A própria disciplina já não é mais Marketing Promocional. Por isso esta dificuldade tremenda em definir o que eu sou. Marketing Promocional, Marketing Publicitário, Marketing Direto. Afinal, de quem foi a idéia de segmentar o Marketing?

Marketing é Marketing e ponto final. E vendo o mundo se transformar na frente dos meus olhos, começo a achar a definição do que realmente eu faço. Em primeiro lugar, chegamos ao fim da linha. Entenda fim-da-linha. Não existe mais above e bellow the line. Isso já agrada uns e desagrada outros, mas é pura verdade. No meu humilde ponto de vista, toda a empresa que atua em marketing, não importa a sua especialidade, tem a obrigação de pensar o todo. Isso mesmo. O TODO.

Porque o consumidor é mais exigente. O consumidor não se atrai mais pelos coisas que se atraia antes. O consumidor não presta mais atenção em comercial de 30 segundos - a não ser que seja O COMERCIAL MAIS LEGAL DO MUNDO. O consumidor muda você de canal a qualquer momento. E entenda que este controle remoto, não funciona só na TV. Funciona no out-door, funciona no supermercado. Funciona em todo lugar.

O consumidor só presta atenção naquilo que interessa a ele. E não apenas por que o consumidor mudou. Hoje ele está sendo bombardeado por muito mais informação que ele tinha antes. No supermercado muito mais produtos. Na TV, muito mais canais. Na banca de jornal, por muito mais títulos. No meio digital, por muito mais gadgets (celular, iPod, etc). Enfim, ele tem que selecionar mais. Assim, ele descarta aquilo que pra ele é descartável.

Por isso mesmo, que as empresas tem que pensar no todo. Pensar numa grande idéia em primeiro lugar, e depois, planejar como esta idéia permeará por todos os meios. Ou seja, a idéia é conteúdo que temos que criar para que o consumidor se interesse e preste a atenção. E os meios (ou mídia) é como esta idéia vai impactar o consumidor a qualquer momento, sem a interferência do controle remoto.

Nós aqui na Bullet, nos dias de hoje, e no ambiente físico que estamos, pensamos em uma grande idéia, depois evoluímos a mesma idéia no mundo digital, através de ações on-line; no mundo mobile, através de ações no celular; no mundo TV, através do meio eletrônico; no mundo impresso, através de Material de Ponto de Venda e anúncio de Revista. Assim, cercamos o consumidor, e driblamos seu controle remoto. E aparecemos no seu radar.

Daí o cliente aprovou, e chegou a hora de fazer. Somente neste momento que entram os especialistas. Ou seja, na hora de usar os meios televisivos, entra a agência de propaganda para veicular; nos meios on-line a agência especializada no mundo web; e assim por diante. Desta forma, parei de pensar em caixinhas. Na hora de pensar, penso numa grande caixa. Penso dentro e fora dela. E só na hora de executar, as tarefas são distribuídas pelos especialistas.

Foi por isso que a Bullet pensou na plataforma Talkability®. Enquanto eu me visse como uma agência de Marketing Promocional, tudo que eu entregaria aos meus clientes seriam ações BTL do meu segmento. A partir do momento que eu me vejo como uma agência de Talkability®, ao criar para meus clientes, não penso mais no meio e sim no fim: TENHO QUE GERAR TALKABILITY. Assim, a idéia é concebida, criada, planejada e apresentada de forma completa.

O cliente fica feliz, pois criamos para ele algo que funciona. Algo que não é mais tão fragmentado como era. E não falamos mais para ele: "Pensamos nas ações BTL. Agora brife sua agência de propaganda para complementar o plano". Nós ficamos felizes, pois vamos além do "mundinho" que estávamos restritos anos atrás.

Só não fica muito feliz minha mãe. Pois agora, quando ela quase convencida do que eu faço tenta confirmar, eu digo: "Faço Talkability®, mãe." E ela esfrega a cabeça, com ar de quem não entendeu nada e responde: "Talka o que?". E pra quem, como minha mãe, continua não entendendo o que eu faço, entra no www.talkability.com.br ou, liga pra mim. Isso ela faz todo dia.


Fonte: Por Fernando Figueiredo, in www.mundodomarketing.com.br

Comentários

Paula Marques disse…
Agora irei favoritar este blog!
Muitíssimo interessante o seu texto. Você conseguiu com sábias palavras expor um pensamento crítico acerca do Marketing Promocional de forma leve e pertinente. Tudo pq seu texto conseguiu me prender - diante deste turbilhões de informações que é a internet - e me fazer pensar realmente no Marketing Promocional de uma forma mais ampla.
Parabéns e obrigada pelo texto!!

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç