Uma vez ou outra, os alunos do curso de comunicação me questionam sobre qual a melhor estratégia para tentar mudar a percepção do empresariado local a respeito da comunicação empresarial e das relações públicas.
Respondo sempre que essa atitude depende muito mais do mercado do que dos empresários. O nosso mercado local é desorganizado, não possui uma entidade que congregue as agências e assessorias de comunicação. Algumas iniciativas já foram tomadas neste sentido, mas nunca funcionaram.
O próprio mercado de comunicação aqui na Paraíba é que deve ter a iniciativa de iniciar uma discussão mais profissional sobre o espaço e a atuação das agências e assessorias no contexto local. É preciso estabelecer objetivos comuns e um plano de ações para alcançá-los, priorizando atividades voltadas para a compreensão do papel estratégico da comunicação pelos empresários e executivos locais.
As agências e assesssorias deveriam se reunir mais, realizar encontros entre profissionais do mercado, consultores e executivos do mercado, para trocar experiências e tratar de assuntos relacionados à gestão das agências, atendimento de clientes, formatação de serviços e ações conjuntas de posicionamento de mercado.
Também acredito que a UFPB, através do curso de Comunicação, poderia assumir a vanguarda deste processo junto com as agências e assessorias de comunicação do mercado, realizando iniciativas que promovessem o encontro e a integração entre as agências-executivos-universidade. O que tenho visto hoje são ações isoladas de algumas disciplinas da habilitação de Relações Públicas voltadas para a ajudar entidades carentes. Apesar de se tratar de uma boa causa, considero isso muito perigoso para o posicionamento da profissão e dos profissionais de comunicação no mercado local.
Outra ação que considero muito importante para o futuro do mercado de comunicação na Paraíba seria a inclusão do estudo da Comunicação Empresarial nos cursos oferecidos pelas universidades locais, tanto a nível de graduação quanto de pós-graduação. Não faz sentido que os futuros administradores de empresas, por exemplo, desconheçam a importância estratégica da comunicação para o sucesso dos negócios. Eles serão os futuros executivos das empresas, e como poderão contratar serviços ou profissionais de comunicação se não entenderem a relevância e necessidade da gestão da comunicação para o êxito no relacionamento entre as organizações e seus públicos?
Muito mais do que servir como receita de bolo, espero que meus humildes comentários sirvam como orientação e alerta para os alunos e futuros profissionais do mercado. Só quem pode mudar essa percepção do empresariado local é o próprio mercado, ou seja, os profissionais dispostos a encarar esse desafio.
E quem são e onde estão estes profissionais? Eles, meus caros, são os alunos de ontem, os alunos de hoje e os alunos de amanhã. É como diria Ivan Lins naquela bela canção: "depende de nós!".
Fábio Albuquerque
Respondo sempre que essa atitude depende muito mais do mercado do que dos empresários. O nosso mercado local é desorganizado, não possui uma entidade que congregue as agências e assessorias de comunicação. Algumas iniciativas já foram tomadas neste sentido, mas nunca funcionaram.
O próprio mercado de comunicação aqui na Paraíba é que deve ter a iniciativa de iniciar uma discussão mais profissional sobre o espaço e a atuação das agências e assessorias no contexto local. É preciso estabelecer objetivos comuns e um plano de ações para alcançá-los, priorizando atividades voltadas para a compreensão do papel estratégico da comunicação pelos empresários e executivos locais.
As agências e assesssorias deveriam se reunir mais, realizar encontros entre profissionais do mercado, consultores e executivos do mercado, para trocar experiências e tratar de assuntos relacionados à gestão das agências, atendimento de clientes, formatação de serviços e ações conjuntas de posicionamento de mercado.
Também acredito que a UFPB, através do curso de Comunicação, poderia assumir a vanguarda deste processo junto com as agências e assessorias de comunicação do mercado, realizando iniciativas que promovessem o encontro e a integração entre as agências-executivos-universidade. O que tenho visto hoje são ações isoladas de algumas disciplinas da habilitação de Relações Públicas voltadas para a ajudar entidades carentes. Apesar de se tratar de uma boa causa, considero isso muito perigoso para o posicionamento da profissão e dos profissionais de comunicação no mercado local.
Outra ação que considero muito importante para o futuro do mercado de comunicação na Paraíba seria a inclusão do estudo da Comunicação Empresarial nos cursos oferecidos pelas universidades locais, tanto a nível de graduação quanto de pós-graduação. Não faz sentido que os futuros administradores de empresas, por exemplo, desconheçam a importância estratégica da comunicação para o sucesso dos negócios. Eles serão os futuros executivos das empresas, e como poderão contratar serviços ou profissionais de comunicação se não entenderem a relevância e necessidade da gestão da comunicação para o êxito no relacionamento entre as organizações e seus públicos?
Muito mais do que servir como receita de bolo, espero que meus humildes comentários sirvam como orientação e alerta para os alunos e futuros profissionais do mercado. Só quem pode mudar essa percepção do empresariado local é o próprio mercado, ou seja, os profissionais dispostos a encarar esse desafio.
E quem são e onde estão estes profissionais? Eles, meus caros, são os alunos de ontem, os alunos de hoje e os alunos de amanhã. É como diria Ivan Lins naquela bela canção: "depende de nós!".
Fábio Albuquerque
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