Pular para o conteúdo principal

Ogilvy abre agência de Relações Públicas no Brasil e quer liderança de mercado em 3 anos

"O Brasil é uma prioridade para o Grupo WPP", afirma o presidente da Ogilvy Public Relations Worldwide, Paul Hicks. Pertencente ao Grupo Ogilvy, a empresa chega ao País para ampliar o portfólio de serviços da Ogilvy Brasil.

"Não seremos apenas um distribuidor de releases", diz o presidente da Ogilvy Brasil, Sérgio Amado, "seremos a primeira agência de relações públicas do País em três anos." Segundo o executivo, a Ogilvy Public Relations é a maior empresa em receita do grupo Ogilvy, com US$ 100 milhões ao ano.

"Depois de três anos em busca de uma empresa nacional para comprarmos, mas sem sucesso, optamos por trazer a marca ao Brasil", revela Amado. "Mas as portas não estão fechadas, aquisições ainda podem acontecer."

O comando da empresa no Brasil está a cargo de Francisco Britto, que já passou por agências como Y&R, Wunderman (Grupo Newcomm) e no último ano atuou como publisher da revista Forbes Brasil (CBM). "A nova agência será voltada, principalmente, para a marca do cliente, faremos uma comunicação para todos os públicos que estão envolvidos com a construção de uma marca", afirma Britto, diretor-geral da Ogilvy Public Relations Brasil.

A empresa já iniciou alguns projetos para empresas como Motorola, Gerdau, Coteminas e Companhia Brasileira de Mídia (CBM). "Além disso já estamos em contatos com outros clientes potenciais", revela Britto.

O executivo conta que a empresa atuará em três grupos distintos: comunicação corporativa, incluindo construção de imagem, relação com investidores, comunicação interna; relações públicas, com projetos ambientais e sociais, entre outros; e jornalismo, com distribuição de notícias, treinamento, conteúdo e relações com a imprensa.

Segundo Britto, os diferenciais da companhia no Brasil serão a metodologia de trabalho, "não vamos apenas atender a uma demanda do cliente, vamos propor ações", e a informação, "somos uma companhia globalizada, com escritórios em 62 países, o que nos deixa com um ótimo centro de inteligência", completa o diretor.

"Também vamos contar com profissionais com experiências diferenciadas, como consultores e analistas especializados", diz Amado. O escritório de São Paulo vai ter, inicialmente, cerca de 30 profissionais, "mas devemos fechar o ano com pelo menos 50 pessoas", diz o presidente. Além de São Paulo, a empresa de relações públicas do grupo Ogilvy estará presente no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, com perspectivas de ampliação para outras capitais em uma segunda fase.

Na opinião de Amado, a agência será a mais rentável do grupo Ogilvy no Brasil. O executivo ainda revela que o objetivo é fechar, já este ano, com lucro - inicialmente, a operação será de US$ 1 milhão/ano. "O Brasil é um mercado que está muito receptivo", afirma Britto. Segundo o Chief Operating Officer (COO) da Ogilvy Public Relations Worldwide, Bill Chess, muitos clientes globais, presentes ou não no portfólio do grupo, estão por aqui, "por isso nós tínhamos que estar no Brasil". "Na verdade sofri uma forte pressão do Hicks e do Chess para abrir uma unidade da Ogilvy Public Relations no Brasil, afinal o País faz parte dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e tem um grande potencial. O grupo Ogilvy tem interesse nesses mercados", diz Amado.

Por se tratar de uma empresa global, tanto Britto quanto Amado revelam que existe a possibilidade de alinhamentos de contas internacionais. "Claro que é do nosso interesse trabalhar com clientes alinhados, afinal, nesses casos, ele já conhece o método de trabalho e os resultados, mas não iremos pensar só nisso, prova disso é que já apresentamos projetos para diferentes clientes", afirma Britto.


Fonte: Por Sheila Horvath, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç